Dados do Novo Caged, divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho, mostram que setor se mantém entre os que mais criam vagas no país: foram quase 150 mil nos últimos 12 meses
O setor de alimentação fora do lar contribui mais uma vez para o número positivo da criação de empregos formais no país. Em março, 10.441 novas vagas foram criadas no setor (ao todo, no Brasil, o crescimento foi de 195 mil novos postos de trabalho). O aumento em relação a fevereiro, de 0,67%, coloca o setor entre os que têm melhor porcentagem de crescimento, só perdendo para construção (1,36%), administração pública (0,78%) e transportes (0,92%).
“Mostramos resiliência, mas este número poderia ser ainda maior não fosse a situação difícil em que se encontra boa parte dos empreendimentos. A maioria do nosso setor trabalhou sem lucro em fevereiro, segundo nossa pesquisa, com 30% realizando prejuízo, graças a problemas acumulados, como inflação e endividamento”, afirma Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.
"Em uma situação destas, fica difícil contratar. Mesmo assim, é um ótimo número. E quando se olham os últimos doze meses, foram quase 150 mil novas vagas criadas em nosso setor”, analisa Solmucci.
“É preciso uma atenção especial com um setor que contribui tanto com o país. Ainda sofremos com os efeitos das restrições e períodos de fechamento impostos durante a pandemia, pagando uma conta injusta e desproporcional", continua.
"O Congresso acaba de aprovar a lei que mantém boa parte dos bares e restaurantes fora do alcance do Perse, programa de benefícios fiscais, ao exigir que o estabelecimento tenha inscrição prévia no Ministério do Turismo. Na prática, criam duas classes de empresários em nosso setor: os que serão salvos e os que ficarão à própria sorte”, completa Solmucci.